Por José Luis Ovando, Sócio-Diretor de Estratégia da Supera Comunicação
1. Cultura aberta e transparente, não isolada e irreal
Os desafios para o manejo da cultura evoluem de forma proporcional ao crescimento das empresas, independentemente de como ele ocorra. Desejam-se maior transparência, acesso às informações e eliminação de silos. Assim, o modo como as pessoas se comunicarão terá uma abertura maior, permitindo decisões mais assertivas e soluções mais velozes. As melhores práticas serão compartilhadas de imediato e estarão acessíveis aos grupos correspondentes.
2. Prioridade para o ambiente móvel, não permanecer preso a uma mesa
Já não dá mais para a comunicação interna estar centrada no e-mail. A informação deve ser rápida e registrar o agora, não trazer um copilado de notícias antigas e redigidas por uma área numa linguagem formal. A geração de profissionais atuante está, desde já, ligada aos smartphones, não fixa às mesas. Sobretudo para os agentes externos, os líderes e o grupo administrativo, progressivamente, o escritório estará em torno do celular. Isso permite que as pessoas desempenhem suas atribuições e se conectem com os colegas onde quer que estejam. Tal contexto gera uma comunicação a partir de experiências incrivelmente simples de realizar em quaisquer lugares.
3. Comunicações relevantes, não texto pesado
O conteúdo é o grande atrativo para as mensagens compartilhadas e deve trazer uma linguagem acessível aos diversos públicos segmentados da organização. A comunicação não se faz apenas com linguagem escrita. Vídeos, memes, gifs e emojis se juntam às narrativas e transmitem uma composição de sentimentos, tornando-a mais atrativa. As pessoas querem ferramentas em que esses formatos sejam oferecidos, tal qual em suas vidas pessoais, originando comunicações envolventes, memoráveis e significativas.
4. Integrado com outras ferramentas, não um jardim murado
A maioria dos aplicativos de comunicação interna não trouxe o retorno esperado, pois eles foram entendidos como mais um canal de informação. De forma geral, estavam desconectados de outras ferramentas e sistemas. Houve, ainda, uma adoção pelas empresas de uma vastidão de aplicativos para os mais diferentes usos que disputaram a relevância e a atenção do colaborador, além da capacidade de espaço em seus celulares.
Deixou-se de lado o básico: é preciso que exista integração interna dos canais, processos e ferramentas desde o início. Buscam-se plataformas que integrem os colaboradores para serem coenunciadores e permitam o trabalho em conjunto – no qual a área de Comunicação será cada vez mais consultiva para os usuários.
5. Conectado com todos igualmente, não apenas com a própria equipe
As áreas querem ter sua importância espelhada para a organização por inteiro e desejam se entender participativas das distintas etapas de produção, como forma de enxergar o resultado dos seus esforços nas entregas finais e na colaboração ao propósito.
A comunicação mais efetiva nas empresas tem sido limitada às pessoas que possuem um endereço de e-mail e um computador. Mas, sabemos que essa forma de atuação restrita e baseada em desktop não reflete mais a realidade de como as pessoas trabalham. Com os dispositivos móveis, enfim, é possível conectar todos que fazem a companhia, dando voz aos que, até agora, estavam além do alcance da TI tradicional.
6. Pessoal e priorizado, não uma informação generalizada
É enorme o volume de informações com as quais as pessoas lidam na sociedade, bem como em seus empregos. À medida que aumentam, torna-se cada vez mais preponderante a capacidade de dar sentido a elas, estabelecer importância ou mesmo utilizar as de maior valor. O algoritmo de um feed de notícias de uma plataforma on-line é capaz de expor as informações relevantes e necessárias, o que mantém todos atualizados com o que está acontecendo na organização.
Esse trecho foi retirado do capítulo “A força transformadora dos millennials e a nova relação com o trabalho” do livro “Diálogos Supera: uma coleção de experiências para aprimorar a comunicação com empregados” da Editora In House.