Muitos consideram que ouvir alguém é uma tarefa passiva, e de fato pode ser, se não aplicarmos alguns princípios que nos levem a ir além de simplesmente ouvir. Essa é a base da escuta ativa na prática.
No ambiente de trabalho, vivemos uma dualidade: estamos frequentemente cercados de distrações ao mesmo tempo em que nossa mente está focada em resoluções de problemas. Ou seja, sem a escuta ativa, corremos o risco de não ter uma comunicação eficiente e até perder contribuições valiosas.
Escutar é diferente de ouvir!
Costumamos usar essas duas palavras como sinônimos, mas na prática não é bem assim. Muitas vezes, preparamos momentos e situações para que o colaborador seja ouvido. Deixamos que ele fale suas percepções e dê sua opinião.
Mas escutar é prestar atenção e absorver de alguma forma o que a pessoa está falando. E a escuta ativa ainda dá um passo adiante, permitindo captar o que está sendo falado e refletir sobre isso, favorecendo um processo de melhoria contínua.
Em que nível você escuta?
Do hábito de apenas ouvir à escuta ativa, existe um grande caminho a ser percorrido. E só é possível trilhá-lo ao se conscientizar que ele existe e compreender em que etapa você está.
Mas como realizar a escuta ativa na prática?
Antes de tudo, é preciso querer escutar e encorajar as pessoas a se abrirem. Mas para isso, você precisa entender que ouvir é mais importante que falar ou interromper. Agradecer a pessoa por se abrir, por exemplo, faz toda a diferença para quem fala. No entanto, não existe um método oficial.
Uma pesquisa da Harvard Business Review traz 6 passos para nos ajudar a organizar a nossa mente para uma escuta ativa. Confira!
Valorize o outro!
Se você acredita que tem todas as respostas, simplesmente não tem motivos para ouvir. Reconhecer que o outro tem algo de valor a dizer, com habilidades e conhecimentos que podem contribuir para o todo é o começo de tudo.
Conhece-te a ti mesmo!
Pergunta: você é naturalmente um bom ouvinte, gosta mais de falar ou vai direto ao ponto? Um exercício para notar qual é o seu perfil é definir algo como o “objeto da fala”. Isso significa que você só pode falar quando alguém lhe der esse objeto e não deve interromper o outro enquanto não estiver segurando o “objeto da fala”.
Elimine as distrações!
Colocar o celular no silencioso, desligar a tela do computador, suspender o notebook e guardar qualquer coisa que possa tirar sua atenção são caminhos essenciais. Quando você desvia o olhar constantemente, passa a mensagem de que a conversa não é importante.
Capte a comunicação não verbal!
As expressões faciais e os movimentos corporais também falam, seja para reforçar a mensagem, demonstrar que o corpo e as palavras ditas estão em conflito ou dar uma pista para perguntas como “percebo que isso chateia você, há algo mais que gostaria de contar?” ou “você está animado com isso, pode me dizer mais?”.
Controle suas reações!
Especialmente quando a notícia é ruim, é comum que tenhamos o impulso de interromper quem fala. Por vezes, emitimos uma percepção sobre a informação incompleta. Ficar atento à sua comunicação não verbal também é importante. Como já vimos, o corpo fala.
Valide e verifique!
Ouvintes eficazes fazem perguntas para esclarecer o que ouviram. Isso é importante para que você não faça suposições e dê a possibilidade da outra pessoa explicar mal-entendidos. Não se trata de concordar, mas de demostrar que valoriza o fato de a pessoa se expressar.
Treine sua liderança para uma escuta ativa!
Como falamos anteriormente, há pessoas que têm habilidade natural para a escuta. Já outras são mais extrovertidas ou foram ensinadas a falar mais do que ouvir. Por isso, é importante treinar seus líderes para que desenvolvam a habilidade de escutar ativamente.
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