Palpitação, sensação de estar paralisado, mãos geladas, pensamentos acelerados, preocupação excessiva, dificuldade para dormir…
Esses são alguns dos principais sintomas de ansiedade que muitas pessoas enfrentam no dia a dia, especialmente em ambientes de alta pressão como o trabalho.
O Brasil, considerado pela OMS o país mais ansioso do mundo desde 2019, com 18,6 milhões de pessoas (9,3% da população) diagnosticadas com transtornos de ansiedade, falar sobre saúde mental no ambiente corporativo nunca foi tão urgente e necessário.
Por que (ainda) precisamos falar de saúde mental?
Segundo o relatório global World Mental Health Day 2024, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial de estresse. Em 2023, o INSS concedeu 288,9 mil benefícios por incapacidade ligados a transtornos mentais – contra 209 mil em 2022. A OMS estima que 90% dos suicídios poderiam ser prevenidos com acesso adequado ao cuidado e à informação.
No cenário atual de inflação, conflitos geopolíticos e pressões do dia a dia, empresas e empregadores se tornam agentes da paz quando ajudam a criar ambientes seguros para falar de sofrimento emocional.
Setembro Amarelo: o que muda este ano?
O movimento internacional Setembro Amarelo completará 11 anos em 2025. A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) ainda não divulgaram o tema oficial, mas em 2024, a temática foi “Se precisar, peça ajuda!” e a tendência é manter o foco em escuta ativa e acolhimento, além de facilitar o acesso ao apoio especializado.
E como abordar o setembro amarelo no ambiente corporativo?
Cuidar da saúde mental no trabalho é mais do que oferecer palestras, organizar rodas de conversa ou compartilhar mensagens de conscientização por e-mail em setembro. A temática envolve políticas consistentes, lideranças preparadas e um espaço no qual todas as pessoas se sintam seguras para expressar suas emoções.
Pensando nisso, reunimos a seguir algumas iniciativas que as empresas devem e não devem fazer quando o assunto é bem-estar emocional dentro das organizações.
DOs – Práticas recomendadas
- Cultura e ambiente organizacional positivos: times inovam mais quando se sentem confortáveis para errar e pedir ajuda.
- Reuniões 1:1 regulares: facilitam a percepção de sinais de estresse, mudanças de humor ou sofrimento emocional.
- Pesquisa de clima e mapeamento de riscos: contribuem para entender o contexto geral e a antecipar pontos de desgaste.
- Oferecer apoio psicológico: canal sigiloso para suporte emocional por meio de convênios, parcerias e clínicas.
- Pausas e práticas de bem-estar: atividades como meditação, ioga, respiração consciente reduzem o estresse, além de aproximar colegas.
- Capacitação de líderes com profissionais especializados: líder preparado reconhece sintomas, acolhe e encaminha o funcionário sem constranger.
- Divulgação constante de contatos técnicos: o CVV, canais internos, contatos do plano de saúde facilitam a busca por ajuda e reforça que não precisar de suporte não é motivo para se envergonhar.
DON’Ts – Práticas a evitar
- Tratar o tema com superficialidade: ações pontuaisnão reduzem o estigma.
- Ignorar sintomas de sofrimento: faltas, isolamento ou mudanças de humor ou no comportamento são alertas importantes.
- Expor colaboradores em público: pode gerar constrangimento e afastar as demais pessoas que precisam de ajuda.
- Campanha limitada apenas uma vez por ano: o cuidado com a saúde mental precisa ser contínuo.
- Políticas rígidas e metas inatingíveis: podem levar ao burnout, aumentar os afastamentos por saúde e ocasionar demissões.
- Comunicação alarmista: geram efeito contrário e aciona gatilhos emocionais.
Setembro Amarelo no ambiente corporativo: transforme cuidado em resultado
Nós, da Supera Comunicação, podemos ajudar a sua empresa a sair do discurso e ir para a prática. Somos uma agência de comunicação e consultoria especializada, contamos com um LAB Diversidade (projeto experimental conduzido por uma equipe de colaboradores e líderes que formam o Comitê de Diversidade e Inclusão), além de profissionais experientes e expertise em práticas de cultura organizacional, gestão de pessoas e pesquisa.
Afinal, cuidar das pessoas também é cuidar no seu negócio. Vamos conversar?
Fontes: Organização Mundial da Saúde, Associação Brasileira de Psiquiatria, Instituto Nacional do Seguro Social, Ministério da Saúde e Great Place to Work