Desinformação nas empresas e o papel do ESG na comunicação interna

Desinformação nas empresas e o papel do ESG na comunicação interna

A desinformação é hoje o maior risco para a sociedade no curto prazo, segundo o Relatório de Riscos Globais do World Economic Forum. E o Brasil está entre os países mais vulneráveis: a pesquisa “Truth Quest”, da OCDE, revelou que os brasileiros acertam, em média, apenas 54 de cada 100 notícias em termos de veracidade. Mas como Desinformação, ESG e Comunicação Interna estão conectados?

A desinformação tem um impacto potencialmente adverso sobre os indivíduos e a sociedade. E esse cenário afeta diretamente as empresas – não só em sua reputação externa, mas também na forma como se comunicam internamente. A especialista Tamara Natale, parceira da Supera Comunicação, alerta que greenwashing, métricas frágeis e narrativas desconectadas da prática alimentam esse ecossistema de desinformação, minando a confiança nas marcas.

1. O que o “S” do ESG tem a ver com isso?

A boa gestão da sustentabilidade se faz por meio do engajamento dos stakeholders. E o pilar Social (S) do ESG trata da relação das empresas com as pessoas – colaboradores, comunidades, consumidores e sociedade em geral. E essa relação é profundamente afetada pela forma como a empresa comunica, escuta e age.

Aqui estão formas práticas de como o Social se conecta com o combate à desinformação:

a) Letramento digital e midiático

Promover a educação dos colaboradores sobre como identificar fontes confiáveis, reconhecer fake news e entender o impacto da desinformação no ambiente corporativo.

➡ Exemplo: workshops internos sobre competências midiáticas, leitura crítica de notícias e informações de ESG.

b) Transparência na comunicação

Evitar jargões, exageros e promessas não sustentadas por ações reais. A comunicação interna deve ser clara, honesta e alinhada com as práticas da empresa. A boa comunicação não trata apenas de dados positivos, mas expõe também as oportunidades de melhoria.

➡ Exemplo: relatórios internos de sustentabilidade com dados auditáveis e linguagem acessível.

c) Coerência entre discurso e prática

Como a Tamara destaca, reputação depende de coerência e de transparência. O que é dito precisa refletir o que é feito – especialmente em temas sensíveis como diversidade, inclusão e impacto social.

➡ Exemplo: se a empresa comunica apoio à equidade de gênero, isso deve se refletir em políticas internas, indicadores de representatividade e, principalmente, nas ações de todos os colaboradores, inclusive da liderança.

d) Escuta ativa e canais de diálogo

Criar espaços seguros onde os colaboradores possam questionar, sugerir e debater temas relevantes, inclusive sobre ESG e comunicação institucional.

➡ Exemplo: fóruns internos sobre práticas sustentáveis e ética corporativa.

2. A parceria especializada em ESG

Sustentabilidade não se faz de forma isolada. Logo, boas parcerias são aquelas que ajudam as empresas a combater a desinformação com inteligência e responsabilidade. Essa atuação fortalece o pilar Social do ESG ao promover uma cultura organizacional baseada em confiança, criticidade e impacto positivo.

Especialista em ESG e comunicação estratégica, Tamara Natale  evidencia a importância de alinhar discurso e prática para evitar que marcas caiam na armadilha da cultura “faker”.

3. Conclusão: ESG como resposta à crise de confiança

Em tempos de desinformação, o ESG – especialmente o pilar Social – oferece caminhos concretos para construir, reconstruir e sustentar a confiança de todos os stakeholders. E tudo começa dentro da empresa, com ações reais, rastreáveis e mensuráveis, e com uma comunicação interna que valoriza a verdade, a coerência e o engajamento.

Como Tamara afirma: “Mais do que nunca, reputação e legitimidade dependem de coerência. Ao permitir que os colaboradores questionem as informações apresentadas, reflitam sobre suas origens e entendam o real significado das ações e iniciativas, as empresas abrem espaço para o pensamento crítico, promovendo não apenas uma maior resiliência à desinformação, mas uma compreensão mais profunda de questões complexas, como as mudanças climáticas.”

Na Supera Comunicação, acreditamos que a transformação começa por dentro – com escuta ativa, transparência e coerência. Junto com especialistas como Tamara Natale, ajudamos marcas a construírem narrativas legítimas e ambientes organizacionais mais críticos e confiáveis.

Quer saber como aplicar isso na sua empresa? Fale com a Supera e descubra como a comunicação pode ser sua aliada na construção de confiança e impacto positivo. Artigo inspirado no post original de Tamara Natale em seu perfil pessoal do LinkedIn